6/20/2010

ÁGUA E ENVELHECIMENTO


> >  Muito
> > interessante este texto. Muito informativo. Vale a pena
> > ler.
> >
> >
> > Água e Envelhecimento
> >
> > Sempre que dou aula de Clínica Médica a
> > estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a
> > pergunta:
> > "Quais as causas que mais fazem o vovô ou a
> > vovó terem confusão mental?"
> > Alguns arriscam: "Tumor na cabeça:".Eu
> > digo: "Não".Outros apostam: "Mal de
> > Alzheimer". Respondo, novamente:
> > "Não".
> > A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda
> > mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais
> > comuns: diabetes descontrolado; infecção
> > urinária; a família passou um dia inteiro no
> > shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
> >
> > Parece brincadeira, mas não é. Constantemente
> > vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.
> > Quando falta gente em casa para lembrá-los,
> > desidratam se com rapidez. A desidratação tende a
> > ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão
> > mental abrupta, queda de pressão arterial,
> > aumento dos batimentos cardíacos
> > ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até
> > morte.
> >
> > Insisto: não é brincadeira.
> > Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de
> > água.
> > Na adolescência, isso cai para 70%.
> > Na fase adulta, para 60%.
> > Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos
> > pouco mais de 50% de água.
> > Isso faz parte do processo natural de
> > envelhecimento.
> > Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva
> > hídrica. Mas há outro complicador: mesmo desidratados,
> > eles não sentem vontade de tomar água,
> > pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não
> > funcionam muito bem.
> >
> > Explico: nós temos sensores de água em várias
> > partes do organismo. São eles que verificam a adequação
> > do nível. Quando ele cai, aciona-se
> > automaticamente um "alarme". Pouca água
> > significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais
> > minerais em nossas artérias e veias. Por isso, o corpo
> > "pede" água.
> > A informação é passada ao cérebro, a gente
> > sente sede e sai em busca de líquidos.
> >
> > Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos
> > eficientes. A detecção de falta de água corporal e a
> > percepção da sede ficam prejudicadas.
> > Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a
> > dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar
> > água.
> >
> > Conclusão:idosos desidratam-se facilmente não
> > apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também
> > porque percebem menos a falta de água em seu
> > corpo. Além disso, para a desidratação ser
> > grave, eles não precisam de grandes perdas, como
> > diarréias, vômitos ou exposição intensa ao
> > sol.
> > Basta o dia estar quente - e o verão já vem aí -
> > ou a umidade do ar baixar muito - como tem sido comum nos
> > últimos meses. Nessas situações, perde-se mais água pela
> > respiração e pelo suor.
> > Se não houver reposição adequada, é
> > desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável,
> > fica prejudicado o desempenho das reações químicas e
> > funções de todo o seu organismo.
> >
> > Por isso, aqui vão dois alertas.
> > O primeiro é para vovós e vovôs: tornem
> > voluntário o hábito de beber líquidos. Bebam toda vez que
> > houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água,
> > sucos, chás, água-de-coco, leite.
> > Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como
> > melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também
> > funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum
> > líquido para dentro. Lembrem-se disso!
> >
> > Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam
> > constantemente líquidos aos idosos. Lembrem-lhes de que
> > isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos.
> > Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de
> > um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do
> > ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam
> > decorrentes de desidratação.
> > Líquido neles e rápido para um serviço
> > médico.
> >
> >
> > Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é
> > clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor
> > colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade
> > de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
> >
> >
> > "Quando somos muitos, mudar fica mais fácil
> > do que se imagina"

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