"Por esta causa [Igreja Perseguida] me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda a família, tanto no céu como sobre a terra." Efésios 3.14,15
Sou brasileiro, descendente de alemães, desde cedo meus pais me levaram à Igreja Batista alemã, onde encontrei Jesus. Este encontro deu à minha vida um novo rumo, pois passei a amá-lo e serví-lo de todo coração. Preciosos homens de Deus passaram pela minha vida, deixando marcas profundas e um sério compromisso com Deus e sua obra, principalmente relacionada a missões.
Sou casado com Irma, e já comemoramos nossas Bodas de Ouro com quatro filhos, nove netos e três bisnetos. Com o apoio de minha amada esposa e família, pude me envolver e me dedicar ao ministério; nosso desejo sempre foi o de socorrer e ajudar aos necessitados e levar o Evangelho àqueles que não conheciam a Jesus. E temos desses anos todos, muita história para contar...
Ávido leitor da "revistinha" (como eu chamava carinhosamente a Revista Portas Abertas), não me foi difícil aceitar o convite de Portas Abertas para integrar um grupo de sete irmãos para conhecer, servir e desafiar a Igreja em Moçambique, já passando por forte perseguição. Depois da aula teórica fomos separados para conhecer e servir às Igrejas e o seminário de Ricatla. Fiz uma escala em Beira, onde morava Valnice Milhomens Coelho e mais ao norte, Celso Prado. Aprendi muito e fui enriquecido de maneira especial, nesta viagem.
Pouco depois disso, um telefonema de Johan Companjen - fundador do ministério Portas Abertas, junto com o Irmão André - mudou e deu novo rumo à minha (nossa) vida: ‘precisamos que você vá para São Paulo e assuma interinamente* a direção da Portas Abertas’. Além de ser uma grande responsabilidade, isto também significava fazer uma ponte aérea Porto Alegre/SP todas as semanas, até que se estabelecesse um novo Secretário Geral, mas aceitamos o desafio!
Ávido leitor da "revistinha" (como eu chamava carinhosamente a Revista Portas Abertas), não me foi difícil aceitar o convite de Portas Abertas para integrar um grupo de sete irmãos para conhecer, servir e desafiar a Igreja em Moçambique, já passando por forte perseguição. Depois da aula teórica fomos separados para conhecer e servir às Igrejas e o seminário de Ricatla. Fiz uma escala em Beira, onde morava Valnice Milhomens Coelho e mais ao norte, Celso Prado. Aprendi muito e fui enriquecido de maneira especial, nesta viagem.
Pouco depois disso, um telefonema de Johan Companjen - fundador do ministério Portas Abertas, junto com o Irmão André - mudou e deu novo rumo à minha (nossa) vida: ‘precisamos que você vá para São Paulo e assuma interinamente* a direção da Portas Abertas’. Além de ser uma grande responsabilidade, isto também significava fazer uma ponte aérea Porto Alegre/SP todas as semanas, até que se estabelecesse um novo Secretário Geral, mas aceitamos o desafio!
Lembro-me, com carinho e saudades de alguns momentos marcantes neste período; um deles foi a visita do pastor Gerhard Hamm. Russo/germânico vindo da Sibéria, ele fora convidado para vir ao Brasil e eu deveria recebê-lo em São Paulo, para iniciar um "tour" de Belo Horizonte a Porto Alegre, a fim de traduzir suas mensagens do Alemão para o Português.
Ele pregava e cantava com sua voz de barítono e frequentemente eu tinha que interromper a tradução. Então ele formulava a frase de outra forma, mas eu lhe dizia, ainda com a voz embargada: Eu entendi pastor, mas preciso de uma pausa pra chorar... Assim foi por 21 dias, noite após noite, e muitas vezes durante o dia em seminários e escolas.
Ele pregava e cantava com sua voz de barítono e frequentemente eu tinha que interromper a tradução. Então ele formulava a frase de outra forma, mas eu lhe dizia, ainda com a voz embargada: Eu entendi pastor, mas preciso de uma pausa pra chorar... Assim foi por 21 dias, noite após noite, e muitas vezes durante o dia em seminários e escolas.
No ano seguinte Gerhard Hamm voltou ao Brasil para mais uma série marcante e inesquecível, e que foi para mim como um mestrado e doutorado em Missões e Igreja Perseguida, pois ele sabia TUDO sobre prisões (pois conhecera muitas por toda a União Soviética, onde estivera preso).
Outro episódio marcante se deu com o acidente de nosso filho mais novo, o querido Claus (Kiko), que sobrevivera a um afogamento com sérias sequelas, ficando em coma por semanas... período em que a dor e a presença de Deus foram tremendas. Nesses dias, o bálsamo de Deus veio na forma de uma visita encorajadora do Irmão André à nossa casa e escritório (ver foto). Foi a mão no ombro que Irma e eu precisávamos, e isto nos deixou mais fortes e preparados, pois experimentamos a suficiência de Deus em nossas vidas.
Outro episódio marcante se deu com o acidente de nosso filho mais novo, o querido Claus (Kiko), que sobrevivera a um afogamento com sérias sequelas, ficando em coma por semanas... período em que a dor e a presença de Deus foram tremendas. Nesses dias, o bálsamo de Deus veio na forma de uma visita encorajadora do Irmão André à nossa casa e escritório (ver foto). Foi a mão no ombro que Irma e eu precisávamos, e isto nos deixou mais fortes e preparados, pois experimentamos a suficiência de Deus em nossas vidas.
Em certa ocasião, foi uma viagem a Cuba: o sabor de prisão domiciliar no Hotel de Havana e ainda em outra ocasião a prisão e deportação junto com Pr. Bandeira, meu parceiro inesquecível, para Cancún (no México), e dali para Miami, onde nos esperava a equipe da Portas Abertas.
Fomos salvos, libertados e muito abençoados. O que me vem à mente e que dedicamos à querida equipe de Portas Abertas, bem como ao querido Marco Aurélio Cruz, é: fomos longe e alcançamos a muitos, "e ainda há muita terra para ser conquistada" Josué 13.1b (NVI) -- Siegfried e Irma*.
Existem muitas pessoas que estão sentadas nos bancos das igrejas perguntando a si mesmas se foram chamadas para servir ou não. Que o testemunho de nossos irmãos possa desafiar o nosso coração, pois TODOS nós fomos chamados para servir! TODOS nós devemos nos envolver neste serviço! E isto é um grande privilégio!
* Siegfried Rudy Zilz foi Secretário Geral durante um ano, em 1986.
*O relato acima foi escrito por ele e por sua esposa Irma "a quatro mãos e um só coração".
Fomos salvos, libertados e muito abençoados. O que me vem à mente e que dedicamos à querida equipe de Portas Abertas, bem como ao querido Marco Aurélio Cruz, é: fomos longe e alcançamos a muitos, "e ainda há muita terra para ser conquistada" Josué 13.1b (NVI) -- Siegfried e Irma*.
Existem muitas pessoas que estão sentadas nos bancos das igrejas perguntando a si mesmas se foram chamadas para servir ou não. Que o testemunho de nossos irmãos possa desafiar o nosso coração, pois TODOS nós fomos chamados para servir! TODOS nós devemos nos envolver neste serviço! E isto é um grande privilégio!
* Siegfried Rudy Zilz foi Secretário Geral durante um ano, em 1986.
*O relato acima foi escrito por ele e por sua esposa Irma "a quatro mãos e um só coração".
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